As novas tecnologias e a formação de professores: uma reflexão necessária
Valtenir Soares de Abreu[1]
Helena Isabel Mueller[2]
São muito variadas as maneiras como a escola e os professores enxergam a questão das tecnologias da informação e da comunicação em nossos dias. Grande número deles ainda olha com desconfiança para essa tendência da sociedade pós-moderna de utilizar o desenvolvimento tecnológico para a otimização de resultados nos mais diversos setores, entre eles a educação. Na medida em que se aprofundam as discussões referentes à aplicabilidade das TIC’s na docência, aumentam as divergências de pensamento entre os educadores. Enquanto uns estão ansiosos pelo momento em que finalmente terão acesso a ferramentas e processos modernos de trabalho em sala de aula, outros adiam o mais que possível tal enfrentamento, uma vez que estamos falando não apenas de instalar máquinas e equipamentos e disponibilizá-los a professores e alunos, mas de toda uma revisão prática e metodológica. Uns poucos indivíduos desbravam caminho, explorando incessantemente novos produtos e ideias, porém defrontam-se com muitas dificuldades como também perplexidades. Entretanto, é absolutamente natural que ocorram tais manifestações, pois tudo o é que novo gera desconforto, o que não significa que não dará certo. A escola, como o restante da sociedade, passa por profundas transformações em sua estrutura, e a adequação das TIC’s à sua rotina certamente se dará de forma processual, porém eficaz. É histórica a resistência inicial do homem a toda e qualquer forma de inovação, pois, como falado anteriormente, trata-se de uma verdadeira revolução no modo de vida e de trabalho, o que exige, antes de qualquer coisa, uma saída da zona de conforto e o encarar de novos desafios. O novo sempre assustou, e ao longo do processo histórico, as pessoas lidam de diferentes maneiras com a mudança, demonstrando assim um visível despreparo na condução das conquistas e avanços nas sociedades