As novas estruturas religiosas
As Reformas
A aridez da religião
Os homens desse tempo vivem num mundo oficialmente cristão. Toda a sua vida é ritmada por um calendário, num horário, ritos religiosos. A jornada de trabalho é reduzida nos sábados e nas vésperas das festas, para a preparação religiosa da cerimônia do dia seguiste. As universidades realizam os exames numa igreja, ao som do órgão, então uma missa e uma ação de graças.
Mas essa religião, profundamente sincera, amiúde continua sendo feita de rito e de práticas piedosas, que não penetra realmente te os sentimentos e os atos, que deixa de um lado o sagrado, do outro a vida quotidiana. A razão dessa situação parece ser realmente a insuficiente de uma boa parte do clero. Muito eclesiásticos dão o exemplo de indisciplina e de brutalidade.
Aliás, o clero é tíbio e preocupa-se muito mais com seus interesses materiais .Recrutada na alta burguesia ou na nobreza ,e entre os teólogos e os canonistas mais reputados,mostra-se antes de tudo ciosa de administrar os bens de Igreja e de defender os seus direitos e seus privilégios.Mas o clero das cidades de províncias também se ocupa principalmente dos rendimentos de suas castelanias,de suas rendas e de seus dízios.
Quando aos sacerdotes das paróquias rurais, bravos filhos de camponeses,curas comendatarios e vigários,mal retribuídos,para viver são obrigados a passar o tempo eventual,para viver são obrigados a passar o tempo a lutar com o beneficiado de sua paróquia para lhe tirar alguns centavos,a chicanar com os paroquianos sobre a gaveta de trigo que lhe devem,sobre o preço das missas,sobre os honorários para os casamentos,os batismo,os enterros.Administram uma loja ou um albergue,com membro de sua família, tornam-se intendentes do senhor, percebem direitos senhoriais .Conservam os hábitos de seu meio, grandes jogadores de pela,de dados,de paulinos, grandes bebedores bons pugilistas, jogadores de cacete e hábeis nos dias de festa em fazer as