AS NOVAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES E O MERCADO DE TRABALHO
1 INTRODUÇÃO 4
2 DESENVOLVIMENTO 5
3 CONCLUSÃO 7
REFERÊNCIAS................................................................................................................ 8
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas houve uma grande transformação na composição sexual do mercado de trabalho e nas práticas de conciliação entre trabalho e responsabilidades familiares. A partir das décadas de 1980 e 1990, o modelo tradicional de família, do homem provedor e da mulher dedicada aos afazeres do lar, foi sendo substituído por um modelo no quais mulheres e homens se inserem no mercado de trabalho, para prover o sustento da família em face da crise econômica que o Brasil estava passando. Este novo modelo de família criou novas oportunidades para que as mulheres se inserissem no mercado de trabalho, para que as configurações da família tradicional lidassem com as mudanças, e para que novas configurações de família surgissem, onde a hierarquização e poder que partiria do homem fosse compartilhado com as mulheres trabalhadoras e donas de casa, ou nas situações em que a mulher assumiria a chefia da casa assumindo o papel de provedora do lar. Os conflitos que se instalaram, a partir das demandas competitivas entre trabalho remunerado e cuidados familiares, deram origem a diferentes soluções. No Brasil que estava passando por uma reestruturação de seu mercado de trabalho para se tornar mais competitivo e para conciliar suas medidas com o desemprego e a precariedade das relações trabalhistas, a inclusão da mulher foi dada de uma maneira automática como resposta para suprir a desvalorização da renda do esposo. O que se percebeu nesse período foi a ausência do desenvolvimento de políticas públicas que apoiassem a conciliação de trabalho e família, atenuando os efeitos negativos das transformações sobre a igualdade de gênero. Deste modo, o governo desempenhou um papel mínimo no suporte às famílias, perpetuando a crença