AS NOSSAS DIFERENÇAS: HÁ LEIS DE DESENVOLVIMENTO DEPENDENTE?
Uma etapa de polêmica sobre a teoria da dependência Dalmira Campos
Douglacimar Jank
Leonardo da Silva Soares INTRODUÇÃO Theotônio inicia o capítulo falando sobre a eleição de Fernando Henrique
Cardoso (FHC) para a Presidência da República em 1994 e sua reeleição em 1998 e a falsa ideia que se formou no meio acadêmico de que teria renegado seus escritos para obter apoio politico dos partidos conservadores.
A publicação dos livros “As Ideias e o seu Lugar, Ensaios sobre as Teorias do
Desenvolvimento” e “A Construção da Democracia Estudos sobre Política” em
1993 confirmam as concepções sociológicas e politicas de FHC.
Devido ao direcionamento dos assuntos tratados por FHC à uma polemica envolvendo os trabalhos de Theotônio e outros cientistas do Centro de Estudos
Sócioeconômicos da Universidade do Chile (CESO), o autor sentese no dever de dar seguimento a polêmica, principalmente em relação às críticas de FHC e José
Serra a Ruy Mauro Marini OS NOSSOS ACORDOS: A NOVA DEPENDÊNCIA Inicialmente, Theotônio demonstra um certo ressentimento com FHC sobre a autoria da teoria da dependência. Comenta que o CEBRAP nunca publicou a resposta de Ruy Mauro Marini às críticas de FHC.
Destaca que no período de 1964 a 1974 o pensamento latinoamericano ganhou destaque mundial e que isso só foi possível devido aos antecedentes históricos proporcionados pela CEPAL. Neste cenário foi que surgiu a “Teoria da
Dependência”.
A ideologia nacionaldesenvolvimentista assim foi representada pela CEPAL e, no Brasil, pelo Instituto Superior de Estudos Brasileiro (ISEB):
* Rompimento com a teoria das vantagens comparativas;
* Identificação da industrialização com o desenvolvimento econômico, social e político; Para afirmação destas posições foi necessário