As Mulheres nas Escolas de Engenharia Brasileiras
BRASILEIRAS: HISTÓRIA, EDUCAÇÃO E FUTURO
Carla Giovana Cabral1
Walter Antonio Bazzo2
RESUMO
Historicamente, as mulheres foram afastadas do círculo criativo e líder da produção científica e tecnológica. Isso limitou sua atuação fora da esfera privada da casa e foi, séculos após séculos, evidenciado pela sua ausência e condução em carreiras como física, química, biologia, matemática e engenharia. Embora tenha crescido o número de mulheres nos cursos de engenharia nos últimos anos, a média de professoras e pesquisadoras, em áreas como engenharia e ciência da computação, segundo o último censo do CNPq, não ultrapassa 30%. Trabalhos realizados na Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa
Catarina, por exemplo, pesquisam a presença feminina na engenharia nos séculos XX e XXI, recuperam a história das pioneiras e investigam a construção do conhecimento e os caminhos da educação tecnológica.
Como uma maior participação das mulheres na engenharia poderia contribuir para a construção de uma tecnologia mais voltada ao bem estar das pessoas e uma educação tecnológica que melhor prepare os engenheiros para os desafios contemporâneos?
Palavras-chave: Educação tecnológica, mulheres na engenharia, engenharia e sociedade, ciência, tecnologia e gênero, história da ciência e da tecnologia.
ABSTRACT
Historically, women their moved away from the creative circle and leader of the scientific and technological production. This limited their performance out of the deprived sphere of the house and it was, centuries after centuries, evidenced by their absence and leadership in careers as physics, chemistry, biology, mathematics and engineering. Although the number of women in the engineering courses the last years, the teachers and researchers average, in areas as engineering and science of the