As Mudanças nos Sistemas de Educação e nos Sistemas de Formação no Contexto da Cibercultura.
Zemilton Costa Souza
Lévy usa uma metáfora para demonstrar a permanente transformação das informações e dos saberes contemporâneos: "a navegação e o surfe, que implicam uma capacidade de enfrentar as ondas, redemoinhos, as correntes e os ventos contrários em uma expansão plana, sem fronteiras e em constante mudança." E prossegue: “O ciberespaço, interconexão dos computadores do planeta, será em breve o principal equipamento coletivo internacional da memória, pensamento e comunicação e qualquer política em educação terá que levar isso em conta”.
Para o autor a formação da cibercultura deve apoiar-se em uma análise preliminar da constante mutação contemporânea do saber ou dos saberes.
Assim faz três constatações:
1- A primeira se baseia nas competências adquiridas por uma pessoa: as competências adquiridas no decorrer da carreira profissional ao término de sua carreira estarão ultrapassadas;
2- A segunda diz respeito à natureza do trabalho que agora significa aprender, transmitir saberes e produzir conhecimentos;
3- E a última é o ciberespaço, bastante complexo, suporta tecnologias intelectuais, que amplificam, exteriorizam e modificam diversas funções cognitivas humanas.
Por tanto a escola não deve ser o único modelo de espaço de conhecimento, como ressalta o autor "Devemos construir novos modelos de espaço de conhecimentos”. E esses espaços devem possuir as seguintes características: abertos, contínuos, em fluxo, não lineares, se reorganizando de acordo com o contexto social. Assim há necessidade de duas grandes reformas nos sistemas de educação e formação: a primeira é a adaptação dos dispositivos e do espírito do aprendizado aberto e a distância (EAD) ao cotidiano e a segunda diz respeito ao reconhecimento das experiências adquiridas do aluno, levando em conta as referências que o aluno traz consigo, a escola deve ser uma troca de saberes. As ferramentas