As mordidas
Enquanto não aprende a falar direito, é comum a criança recorrer a atitudes nem sempre aceitáveis, como dar mordidas, para expressar sua insatisfação.
A carinha de anjo, o sorriso encantador. Mas, de repente, quando contrariado, aquele doce de criança não titubeia: avança e morde. E o pior sem nenhuma restrição ao alvo de seus ataques, o que significa distribuir mordidas para quem quer que seja, da avó ao amiguinho. Esse tipo de atitude costuma escandalizar os pais, principalmente os de primeira viagem, mas é muito normal na faixa de idade entre um e dois anos. Sem saber se expressar verbalmente com desenvoltura, a garotada acaba recorrendo a tapas, empurrões, puxão de cabelo e principalmente dentadas, para demonstrar seu descontentamento com alguma situação. Muitas vezes a fase da mordida coincide com a entrada na escola ou escola com a chegada de um irmãozinho. Em ambos os casos, forçado a compartilhar brinquedos e atenção – o que pode ser demais para quem estava acostumado, até então, a ser alvo de todos os olhares e a ter seus desejos imediatamente atendidos, o baixinho reage aos conflitos com dentadas no braço, na mão e até no rosto do amiguinho ou irmão.
O quê fazer???
Apesar de esse tipo de comportamento não durar muito tempo – é uma fase passageira – não pode deixar de ser reprimido, claro. Na maioria das escolas, a atitude tomada é mostrar que a mordida machuca o colega e não deve ser repetida. Mas não são apenas as explicações que ajudam a pôr fim nessa mania. O “troco” que a criança recebe quando avança na outra e que vem na forma de tapas ou mordidas, também serve para mostrar que ela passou dos limites. Em casa, é aconselhável que os pais sigam a atitude da escola e reajam com firmeza. Mesmo nos casos em que a criança morde fraquinho, fazendo graça, é importante conter o riso e dizer de forma enfática, sem necessidade de gritar que mordida dói. Se o