As meditações metafísicas de descartes
Departamento de Filosofia e Ciências Humanas – DFCH
Disciplina: Problemas Metafísicos II
Graduando: Walter de Alcântara Filho
As Meditações Metafísicas de Descartes
O propósito de Descartes é fundar as bases para uma nova ciência, pois todo conhecimento até então sempre foi passível de questionamento, assim toda tradição filosófica não foi competente para consolidar uma Filosofia inquestionável. Para tanto o citado filósofo utiliza métodos para encontrar uma certeza que fundamente tais bases, cuja robustez garanta a solidez do conhecimento almejado, desde modo Descartes se inspira no espírito cético e adere a “dúvida” como metodologia. É coerente destacar que a dúvida cartesiana obedece a regras metodológicas, e há que se oferecerem as razões para duvidar, pois o mecanismo da dúvida esta no quanto maior for o esforço do sujeito em duvidar maior será a robustez da verdade que escapole a esta dúvida. Com efeito, a dúvida cartesiana se apresenta de duas maneiras tanto em nível natural quanto em nível metafísico, deste modo tais níveis serão eficazes para atingir o propósito o qual é alcançar a primeira certeza da solidez metafísica.
Descartes parte do questionamento dos cinco sentidos, no qual estes sentidos, assim como as sensações podem nos enganar ao todo momento e discorre: “Tudo o que recebi, até presentemente, como o mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos: ora, experimentei algumas vezes que esses sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez” (DESCARTES, 1974, p.93) assim o filósofo infere que os sentidos foi o responsável em transferir a ele o que era tido como verdadeiro e seguro, enganando-o em determinados momentos. Se mesmo que o sujeito perceba o mundo através dos sentidos, este não tem certeza das sensações as quais sentem, então os sentidos não são confiáveis para nos trazer