As medidas de Napoleão que consolidaram a revolução Francesa
A formação do Consulado se deu como resposta da burguesia ao novo fortalecimento dos realistas e dos jacobinos. Temendo uma volta do período do Terror, o abade Emmanuel Sieyès articulou um golpe de Estado que pôs fim ao Diretório. Em 9 de novembro de 1799, ou 18 Brumário no calendário revolucionário, Napoleão invadiu a sala do Conselho dos Quinhentos e destituiu o Diretório. O Consulado constituiu-se com três cônsules, Sieyès, Napoleão Bonaparte e o general Roger Ducos. Napoleão se tornou primeiro-cônsul por dez anos, de acordo com a nova Constituição que passou a vigorar.
O que se formou foi uma ditadura na França, já que Napoleão conseguiu centralizar o poder em suas mãos. Porém, houve um apoio da população já que o Consulado foi referendado em plebiscito realizado em 1802, que ainda fez com que o cargo de cônsul fosse ocupado vitaliciamente. Em 1804, uma nova constituição foi aprovada, dando a Napoleão o título de Imperador da França. Na cerimônia de coroação, Napoleão se autocoroou com a entrega da coroa pelo papa Pio VII. Com este rito, reatava a aliança do Estado Francês com a Igreja Católica, o que lhe garantiria prestígio.
Mas o que realmente significou a ascensão de Napoleão foi a consolidação do poder burguês. Diferentemente da monarquia anterior a 1789, o Império Napoleônico tinha por base social de sustentação a burguesia. Os princípios do poder burguês foram expressos no Código Civil Napoleônico, promulgado em 1804. Nele, Napoleão realizou a redistribuição de terras, conseguindo simpatia dos camponeses; reformou o sistema tributário e criou o Banco da França, controlando o processo de emissão de moedas e contendo a inflação; realizou ainda obras públicas e incentivou a educação primária da população francesa, além de militarizar a educação secundária.
A formação do Império Napoleônico
O Império Napoleônico representou na história mundial a consolidação das conquistas burguesas