As manifestações podem mudar os rumos políticos e sociais de uma nação?
As manifestações são uma forma de ativismo, e habitualmente consistem numa concentração e/ou um desfile, em geral com cartazes e com palavras de ordem contra ou a favor de algo ou alguém, com o objetivo de mudar os rumos políticos e sociais de uma nação. As manifestações representaram – e representam – uma nova etapa na história de muitas nações, como por exemplo, na história do Brasil.
Desde junho de 2013, o povo brasileiro parece ter despertado da letargia em que havia mergulhado desde o Impeachment de Fernando Collor em 1992. O que começou como uma simples reivindicação contra o aumento das tarifas de ônibus acabou deixando clara a insatisfação popular com a corrupção, o uso indevido do dinheiro público e entre outras coisas. Milhões de pessoas foram às ruas para protestarem contra tudo o que não as satisfaziam.
Os resultados das manifestações foram imediatos. Assim como o povo, os políticos também deixaram de lado a letargia e, em pouco tempo, não só o aumento das tarifas dos transportes foi revogado, como também outros anseios populares foram atendidos: a rejeição da PEC 37, que tirava poder de investigação do Ministério Público, e a aprovação de lei que fará ser considerado hediondo o crime de corrupção.
É claro que algo desse movimento permanecerá, mas é cedo para uma avaliação definitiva dos fatos. Se o passado serve de guia para o futuro, o quadro não é dos mais promissores. Após o impeachment de Fernando Collor, boa parte dos brasileiros acreditava que o país abraçara um novo -e melhor- paradigma no que diz respeito à tolerância para com os desmandos da classe política. Ainda que isso tenha ocorrido em algum grau, não foi o suficiente para evitar os muitos escândalos que se sucederam, bem como as novas manifestações. A política mudou, mas muito menos do que desejaríamos.
Portanto, tomando como exemplo as manifestações ocorridas no Brasil, fica claro que as mesmas podem mudar os rumos políticos e sociais de uma nação -