As manifestações narcisistas na arte e no cotidiano
RESUMO
Neste artigo pretendo revelar um pouco da forte relação artística e cotidiana existente com o narcisismo explicado por Freud, desenvolvendo, primeiramente, um breve esclarecimento a respeito do narcisismo e seus derivados para que haja, posteriormente, uma melhor compreensão das proveniências artísticas narcisistas. A análise relacional foi realizada por meio da metodologia da revisão literária desvendando os aspectos originais e ocultos das artes expostas no artigo.
Palavras-chave: narcisismo, arte, cotidiano.
1 INTRODUÇÃO
O termo “narcisismo”, um dos muitos conceitos psicanalíticos utilizados por Freud, apresenta sua origem no mito grego de Narciso, o jovem que se apaixonou perdidamente pelo reflexo de sua imagem na superfície de um lago, passando dias inteiros a admirá-la sem se alimentar ou saciar sua sede, chegando a definhar por conta de tamanha apreciação. Na psicanálise, o narcisismo representa a característica de personalidade de amor por si mesmo e é dividido em duas fases não-excludentes: narcisismo primário e secundário. Todo indivíduo possui em si derivações narcisistas, algumas podendo ser mais facilmente observáveis que as demais, que por assim dizer são bastante discretas passando despercebidas. O narcisismo é um conceito que foi tão divulgado e tornou-se ainda mais conhecido posteriormente à obra Sobre o Narcisismo: Uma Introdução, 1914, de Freud, que muitos foram os trabalhos, poemas, filmes e músicas que também abordaram o assunto, como, por exemplo, o Soneto 62 de Shakespeare. O tema do artigo foi escolhido por ser muito intenso esse viés narcisista na sociedade que acaba por se manifestar em músicas populares, pinturas, filmes, poemas e principalmente em manifestações individuais e corriqueiras como a vaidade feminina. O intuito era poder fazer analogias entre o conceito e as vivências reais, as suas diversas expressões, utilizando para isso busca