As Liberdades Públicas: a Declaração de 1789
Duas teorias explicam o que é capitalismo, uma representada por Max Weber que chamamos de culturalista, onde o capitalismo constitui-se a partir da herança de um modo de pensar as relações sociais, legada pelo protestantismo e calvinismo. Weber estudou as manifestações capitalistas de outras culturas e tentou analisar um aspecto que particularizasse o capitalismo do ocidente na idade moderna. Dois atributos foram acentuados pelo capitalismo ocidental: a formação de um mercado de trabalho formalmente livre e o uso da contabilidade racional. O protestantismo valorizava o trabalho profissional como meio de salvação do homem, o calvinismo tem uma valorização religiosa da atividade profissional e do trabalho, onde se prega a renúncia aos prazeres do mundo, considerados supérfluos. A outra representada por Karl Marx, parte de uma perspectiva histórica, define o capitalismo como sendo um modo de produção de mercadorias, cujos meios estão nas mãos dos capitalistas, que constituem uma classe distinta da sociedade. O capitalismo é um sistema no qual a força de trabalho se transforma em mercadoria. Segundo Marx, propriedade privada, divisão social do trabalho, e troca são características fundamentais da sociedade produtora de mercadorias, são os produtores independentes privados que possuem a sua força de trabalho, seus meios de produção e os produtos resultantes do seu trabalho. A divisão social do trabalho faz com que haja alienação econômica. Os produtos do trabalho, pela utilidade específica para o consumidor, têm um valor de uso. Em primeiro lugar a necessidade do objeto para o homem, em segundo uma coisa que se pode trocar por outra. O valor da mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho necessário à sua produção.
A criação do proletariado acontece quando o pequeno produtor que produzia para a sua subsistência passa a produzir para o capitalista em troca de um salário para a sua subsistência.
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