as institui es de regulamenta o ao mercado
Você entende que as instituições de regulamentação ao mercado e as relações de trabalho mantidas pelo Estado são eficazes para combater o desemprego e a precarização do trabalho e para garantir acesso à renda?
Acredito que as instituições de regulamentação dos mercados são eficazes quando sua implementação não obsta a abordagem neoliberal por completo. Isso porque o mundo capitalista segue a orientação liberal – não propriamente com os conceitos de Adam Smith, mas as ideias mais atuais dos autores neoclássicos.
Se o mercado nacional criar demasiada rigidez através de suas instituições de regulamentação a ponto de isso não permitir a sobrevivência desse conceito neoliberal, cujos os princípios de cunho liberal (igualdade, o individualismo, a não-intervenção do Estado) o campo de produção nacional será pouco fértil e, gradativamente, o país passará a perder competitividade mundial.
Portanto, se em um primeiro momento as instituições de regulamentação possuem a forca de garantir mais empregos, mais renda, bem como que os cargos não sejam precários do ponto de vista do trabalhador, seu excesso pode obstar a competitividade no mercado mundial.
Deve-se ter em mente que o neoliberalismo com uma modesta, mas já significativa regulamentação pode gerar acesso aos benefícios de um mundo sem fronteiras, como tecnologia avançada, acesso às multinacionais e corporações internacionais – acompanhadas de seus empregos e plantas estruturais ao país.
De outro lado, deve-se lembrar que as conquistas nessa área só ocorreram a duras penas. As lutas sociais, que já pressionaram a sociedade e o governo a criar sistemas de proteção ao mercado de trabalho, não merecem ser esquecidas ou seus ganhos minimizados, apenas para que o mercado de trabalho brasileiro se torne mais competitivo.
Acho que o ideal seria um meio termo entre a democracia utilitarista, onde o Estado exerce um papel de neutralidade, e o excesso de aparelhamento estatal. A meu ver, o Estado deve agir como