As Formas Elementares da Vida Religiosa
HZ158A Sociologia de Durkheim
Fichamento 4
As Formas Elementares da Vida Religiosa (Émile Durkheim) Para conseguir chegar a conclusões mais objetivas e concretas do que se é religião em sua essência e qual seu papel dentro da sociedade naquela época, Durkheim se utiliza, primeiramente, das instituições mais primitivas como base de estudo. A explicação para isso é a de que, mesmo as considerando mais rudimentares, o autor não as acusava como “religiões erradas” - visto que todas se encaixavam adequadamente em determinados modos de vida - e sim como mais simples do que as atuais a sua época e, por isso, mais fáceis de encontrar elementos básicos comuns a qualquer tipo de instituição deste tipo. Durkheim, contrariando as pré-noções mais comuns, descartou o sobrenatural e a presença de divindades para se elaborar o que é religião e, por final, definiu-a como possuidora de crenças e ritos. A explicação para isso está no fato de que: anteriormente à ciência, não se conhecia as leis exatas da natureza e, por isso, a religião conseguia determinar, da forma que achasse melhor, as explicações sobre o mundo, retirando o caráter de sobrenatural, da maneira que o entendemos hoje, como algo que foge às explicações lógicas. Além disso, a segunda característica só fora excluída por Durkheim visto que algumas religiões não possuem nenhuma divindade - como o Budismo, por exemplo – mas que, mesmo assim, seguem à risca certos dogmas para a salvação individual. Assim, pela definição durkheimiana, a religião se classifica em duas vertentes: as crenças – formas de opiniões que também podem determinar naturezas de objetos - e os ritos – formas de ação, os quais só são definidos após a definição das crenças. Sabendo-se disso, Durkheim foca nos tipos de crenças existentes: as sagradas e as profanas, as quais representam mundos completamente opostos, rivais um ao outro mas que, mesmo assim, podem passar de um grupo para outro após uma