AS FLORES SOBRE AS CORRENTES
As flores sobre as correntes: Rubem Alves inicia esse capítulo, logo nos primeiros parágrafos, citando Durkheim e Marx. Inicialmente ele mostra um Durkheim fascinado com o sagrado e em busca das origens da religião mais simples e primitiva que se conhecia. Para tentar compreender o presente, Durkheim mergulha no passado em busca de respostas do mundo sacral. Diferentemente de Durkheim, Marx desconhecia esse mundo sacral. Desconhecia os valores morais e espirituais e somente conhecia a ética do lucro e da riqueza. Para alguns filósofos, a religião era a principal culpada por todos os problemas sociais da época. Mas como? Se ela não fazia diferença alguma. Porém Marx entendeu, que a religião não tinha culpa alguma e que a culpada eram as falsas idéias que atormentavam as cabeças dos homens, fruto da alienação. Marx não estava preocupado com isso e sim com as forças que realmente movem a sociedade. Marx considerava a religião como “um ópio do povo”, ou seja, “felicidade ilusória do povo”.
Nesse capítulo Rubem Alves nos mostra um Durkheim preocupado na exploração do universo religioso e um Marx preocupado com as mazelas sociais, mas relacionando-as ao lucro obtido pela burguesia em detrimento do operariado.
A ideia principal que autor Rubens Alves pretende defender no capítulo “As flores sobre as correntes” é que o capitalismo geraa alienação que por sua vez da origem à religião a qual se torna um consolo a realidade capitalista. Para defender essa teoria ele se baseia nas ideias de Marx, o qual desenvolveu seus estudos sobre areligião para contestar as visões hegelicanas. Os filósofos que as adotavam culpam a religião pelas desgraças sociais e pretendem combatê-las eliminando as ideias da cabeça dos homens. Marx aindaexpõe que o homem faz a religião e não o contrário.
Com base no exposto no capítulo, pode-se chegar a certas problematizações. A primeira delas é: será que, atualmente, não há mais normas morais