As engrenagens e os italianos
Por; Willer Anderson deOliveira.
Lamoglia, Castelari, liberalesso, Verdi, viscardi alem de sobrenomes italianos são ícones da cultura saltense, por onde se passa nos deparamos com “eles” em praças, ruas, prédios públicos, porque são fragmentos da alma italiana que fez de Salto um lar, contribuindo para o estabelecimento dessa cultura ítalo saltense.
Este artigo tem o objetivo de entender as relações da imigração italiana em São Paulo, mais especificamente em Salto, assim como a participação desses na cultura da cidade, enfatizando a importância da industrialização nesse processo, no período de 1975 até 1920.Para isso faremos algumas reflexões por meio dos textos de Gerge Reid Andrews traduzido por Magda Lopes sob o titulo de “Negros e brancos em São Paulo” para entendermos as circunstâncias que permearam a introdução da chamada “mão de obra branca”, que advém da Europa, no caso de São Paulo sendo a grande maioria de italianos,a relação com a mão de obra negra, nesse caso de forma menos aprofundada pois não é o foco deste artigo. Os argumentos referentes à indústria em Salto se estruturarão principalmente no trabalho de Anicleide Zequini que aborda a indústria em Salto em seus primeiros anos a particularidades desse processo, que está relacionado ao cultivo de cana-de- açúcar e algodão, pois se sabe que imigração italiano para São Paulo em sua maioria foi “patrocinada” pela industria cafeeira. A analise da vinda dos italianos à salto se pautará principalmente nos trabalhos de Ettore Liberalesso, traçando paralelos com o trabalho de Maria Cristina Gabriel “Além das fronteiras do colonato, que trata sobre esta imigração italiana na região de campinas que será de grande valia para este artigo no entendimento deste “fenômeno.”
Segundo Andrews, já em 1850 as propriedades rurais no Brasil já conviviam com a mão de obra livre, sendo cerca de 10% desses trabalhadores nas fazendas de café e 4% nas lavouras de cana-de-açúcar, e dessas