O presente trabalho baseia-se no projeto de iniciação científica intitulado “A influência das drogas no índice de criminalidade”, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), o qual analisa a suposta relação entre a dependência química e os crimes cometidos por usuários na ânsia de saciarem o vício. No presente texto irá se expor como as drogas influem na vida da mulher usuária, a constante exploração sexual, além de situações como a gravidez e o aborto. A priori, destaca-se que a sociedade sempre esteve envolvida com as drogas, como faz prova os mais diversos relatos de rituais dos povos antigos. É notório que os entorpecentes continuam presentes em nossa sociedade, mas de forma perversa, como se percebe na figura do narcotráfico, marginalidade, etc.. Desse modo, no que concerne à mulher usuária, os abusos a que está submetida inequivocamente superam os males sofridos pelo homem. Aquela sofre segregação dentro do próprio meio em que convive com outros usuários, e muitas vezes é vista como um mero objeto. Com o objetivo de fundamentar tal pesquisa, entrevistou-se uma usuária em tratamento (que, de acordo com sua vontade, não será identificada), a qual não usa drogas há dois meses, tentando se recuperar de quase 20 anos de utilização de entorpecentes. Em uma breve síntese, cabe destacar que a usuária relata que saiu de casa aos 17 anos; que para conseguir comprar drogas prostituía-se; que possuí dois filhos que foram gerados nesse meio; que ao longo de sua vida adulta realizou 08 abortos; que a droga consumiu sua vida ao ponto de que não tinha sequer um lugar para tomar banho; que cometeu diversas tentativas de suicídio no desespero por saciar o vício; e que hoje, acima de tudo, deseja nunca mais usar qualquer entorpecente. Por fim, ressalta-se que a metodologia utilizada consistiu em uma pesquisa bibliográfica, documental e de campo, identificando os principais problemas causados em virtude da influência das