As doenças no brasil
Maria Elvina Mendes[1]
Ao longo da História do Brasil, tivemos diversos momentos significativos em todos os campos. Dessa forma, não podemos deixar de lado o tema doenças e os métodos que se desenvolveram visando encontrar uma forma de evitar, conter e combater o que – logo no início da História Oficial do Brasil[2] – parecia algo impossível. Quando os europeus chegaram ao Brasil, entre os próprios indígenas já existiam estudos – se é que se pode chamar assim - sobre as melhores plantas para curar doenças que existiam nas tribos indígenas e, com a chegada dos africanos, outras práticas que buscavam a cura passaram a fazer parte do cotidiano dos escravos, tanto na América Portuguesa quanto no Brasil Império[3]. E por mais que o Brasil ainda não fosse um Estado independente, sendo ainda colônia de Portugal, as autoridades constituídas buscavam formas de controlar surtos epidemiológicos entre livres e escravos e, o momento em que mais se via essas chamadas ações emergências, eram quando irrompiam surtos de varíola e febre amarela. Uma dessas práticas utilizadas para controlar os surtos era a higienização de locais como portos onde desembarcavam grande quantidade de escravos e também em portos onde se escoavam as produções de açúcar, principalmente no período colonial. O interessante que se destaca nesse período, é de que, uma vez controlado os surtos, as campanhas e ações governamentais eram desativadas. Outro fator significativo é de que, por mais avanços que a ciência tenha feito ao longo dos séculos e mesmo com a desvinculação da Igreja e do Estado, uma prática tradicional ainda se mantém nos dias de hoje: o curandeirismo. Muitas pessoas ainda acreditam mais em curandeiros do que em médicos e equipamentos avançados para diagnósticos, muitas vezes, deixando de lado um tratamento possivelmente mais eficaz, em privilégio de outros a base de especulações de charlatões. Mas sem querer