As divisões ou Cismas da Igreja
Igreja Católica
Durante a Baixa Idade Média, a Igreja Católica obteve espaço para expandir seu "império da fé" devido, principalmente, a descentralização política da Europa. Com isso, a Igreja foi mantendo e fortalecendo o seu papel na vida medieval, fator que a possibilitou interferir ativamente nas normas de conduta dos povos cristãos.
A Igreja doutrinava seus fiéis a não pecar, sempre obedecendo a rígidas regras de moralidade e fazendo caridade, incluindo a caridade à Igreja Católica, com o pretexto de ajudá-la a cumprir sua missão. Essa caridade não se restringia a uma camada social específica: servos e nobres contribuiam de diferentes formas para o enriquecimento da Igreja. Os nobres doavam-lhe terras e bens materiais por promessas espirituais de perdão divino de seus pecados.
E assim a Igreja Católica enriqueceu conforme conseguia convencer os fiés das verdades que pregava. Mais do que acreditar nelas, os fiéis deveriam temer a ira divina e o risco de queimarem no fogo do Inferno após a morte. Para isso, foi necessária a criação de dogmas e quem os contestássem seria terrivelmente perseguido.Os dogmas são as verdades inquestionáveis que norteiam os católicos. No decorrer dos séculos, muitos dogmas foram criados, alguns foram reafirmados, outros negados.
No século XIV, as cidades italianas se beneficiaram com as escolhas dos papas. Incomodado com a crise econômica da França e procurando ampliar seu poder político, o rei francês não aceita a escolha de um papa italiano, e faz o Cisma do Ocidente.
Igreja Ortodoxa
No século XI, discordâncias internas motivaram a separação entre a Igreja católica de Roma e a Igreja católica do Oriente, criando então o Cisma do Oriente, em 1054. Discordando da adoração de imagens de santos e figuras divinas, a ala oriental da Igreja Católica fundou uma nova prática cristã com a Igreja católica ortodoxa grega. Essa é uma religião existente até hoje, com algumas crenças e rituais diferentes