As culturas nacionais

A identidade cultural da pós-modernidade, Stuart Hall – 10ª edição

Vinícius Matias1

As culturas nacionais constroem identidades produzindo significados e representações sobre a nação com os quais nos podemos identificar, como uma comunidade imaginada, com uma lingua e cultura comum, com um sistema educacional, pertencendo as narrativas que nos contam sobre nação e, o que relaciona o presente com o passado dessa nação, e nas imagens que dela são construídas. Benedict Anderson (1983), defende que as diferenças entre as nações residem nos modos diferentes em que são imaginadas, mas como essa nação moderna é imaginada? Que estratégias são utilizadas para construir as nossos sentimentos comuns sobre o senso de pertença (a nação que foi criada) e identidade nacional (ao mesmo tempo está longe e ao mesmo tempo está perto). Como essas narrativas, perdem as suas origens nos mitos do tempo, como se fossem uma narrativa de fatos isolados, sem um desmembramento anterior e posterior de nossas historias.

Dos muitos aspectos que uma resposta abrangente a esta questão poderia incluir, cinco elementos principais:

Em primeiro lugar, há o discurso da nação, tal como é narrada, suas historias, fatos, eventos. Estas fornecem um conjunto de imagens, acontecimentos históricos, símbolos nacionais, marcando suas origens, tradições e suas invenções, representando as experiências, os sofrimentos, os triunfos e os desastres partilhados que conferem significado à nação. Relacionando nossas vidas quotidianas e um destino nacional que existiu antes de nascermos e que continuará a existir depois que morrermos.

Em segundo lugar, há uma destaque nas origens, na continuidade, na tradição e na atemporalidade. A identidade nacional é representada como principio, assim como nossa origens, tradições, mas sempre prontas a nos passar os fatos e eventos como uma narrativa de acontecimentos isolados que nos dão a ideia que as mudanças e variações dos elementos essenciais do