As Cores da Utopia
As Cores da Utopia aborda a vida e a obra do artista plástico baiano, esquizofrênico, Reginaldo Bonfim. O filme, sem fins lucrativos, discute a exclusão social de Reginaldo e amplia a reflexão sobre o conceito de normalidade, mostrando que a loucura vai muito além do sintoma psiquiátrico, envolvendo armas de destruição em massa e a degradação da natureza e do homem.
O longa-metragem contribui para desmistificar a visão preconceituosa que desfigura a pessoa portadora de esquizofrenia representando-a como um ser agressivo, bizarro, irracional e inútil, escamoteando suas demais dimensões humanas positivas e produtivas. Com efeito, a sociedade desqualifica completamente a pessoa portadora de transtornos psíquicos, negando sentido à sua fala, às suas reivindicações, à sua criatividade e aos seus sonhos.
A obra pretende ser um instrumento facilitador das discussões em torno da necessidade de uma mudança de postura e mentalidade acerca do doente mental, capaz de levar as pessoas a tratá-lo como ser humano produtivo e como cidadão.
A sociedade analisa a normalidade de um individuo de forma preconceituosa, alguém que possui um transtorno de personalidade não deve ser excluído do meio social por ser diferente ou por possuir condições de pensamentos que difere do que é chamado de comum.
Legislação estimula inclusão do portador de doença mental
O Brasil já dispõe de uma série de instrumentos legais e institucionais acerca da necessidade de consolidar políticas sociais que tratem da inclusão social pelo trabalho em portadores de doença mental. A Lei Federal 10.216, de 06/04/2001, da reforma psiquiátrica brasileira, dispõe sobre o redirecionamento do modelo assistencial em saúde mental e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais.
Propõe que estas pessoas devem ser tratadas em serviços comunitários "com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar a saúde, visando alcançar sua inserção na família, no trabalho e na