As condições do sistema penitenciário brasileiro: uma análise do mini presídio Hildebrando de Souza
Uma análise no mini presídio Hildebrando de Souza
Elisângela Almeida Schmidt (UEPG)
Tatiana Pabis (UEPG)
Professor Mestre Luís Carlos Simionato Júnior (UEPG)
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Resumo:
A principal função do sistema carcerário é reabilitar os detentos, de modo a devolvêlos para a sociedade como pessoas melhores, que não voltem a reincidir. Porém, como se sabe, isso não acontece no Brasil. Na maioria dos casos os detentos quando soltos, voltam a cometer crimes e consequentemente voltam para a prisão.
O que faz com que isso aconteça, é a condição a que vivem dentro dos estabelecimentos carcerários, pois a superlotação, a saúde e a higiene precárias, são condições que causam revolta nos detentos e os tornam piores. O presente artigo também visa o estudo de caso do Mini Presídio Hildebrando de Souza, suas condições de infraestrutura e de sua população carcerária. Percebendo, com isso, o descaso do poder público, celas comportam o dobro ou o triplo de pessoas que realmente deveriam. A violência também acaba ocorrendo dentro das penitenciárias, agentes penitenciários acabam mortos, e alguns para não terem o mesmo destino acabam sendo, muitas vezes cúmplices de bandidos que conseguem comandar organizações criminosas mesmo estando atrás das grades.
Palavras chave:
Sistema carcerário, dignidade humana, descaso do poder público, Hildebrando de
Souza.
Introdução:
O presente artigo faz uma análise das condições do sistema carcerário brasileiro, da atuação do poder público e da formação de organizações criminosas no interior deste. É comum nos depararmos com notícias de superlotação e rebeliões em diversos presídios brasileiros e isso ocorre com mais frequência do que se imagina.
A revolta dos detentos perante as condições desumanas em que vivem, faz com que promovam rebeliões como forma de reivindicar melhorias. Essa superlotação
também é um grave motivo para a