As condi es humanas de Hanna Arendt
Essa qualidade reveladora do discurso e da ação passa a um primeiro plano quando as pessoas estão com as outras, nem “pró” nem “contra” elas- isto é, no puro estar junto dos homens.
Embora ninguém saiba quem revela quando desvela a si mesmo no feito ou na palavra, deve-se estar dispostos a correr o, risco de se desvelar, e esse risco não pode ser assumido nem pelo realizador de boas obras, que deve ser desprovido do si-mesmo e manter-se em completo anonimato, nem pelo criminoso, que precisa esconder-se dos outros. Ambas são figuras solitárias, o primeiro é “pró” e o segundo é “contra” todos os homens; ficam, portanto, fora do âmbito do intercurso humano e são figuras politicamente marginais, que, em geral, surgem no cenário histórico em épocas de corrupção, desintegração e ruina politica. Dada sua tendência intrínseca de desvelar o argente juntamente com ato, a ação requer, para seu pleno aparecimento, a luz intensa que outrora tinha o nome de gloria, e que só é possível no domínio publico.
Resposta.
No meu ponto de vista o segundo que é contra todos os homens, não pode se assimilar somente aos criminosos, mais sim a todos aqueles que descriminam as outras pessoas. Como por exemplo, a sociedade moralista que exclui do seu âmbito pessoal todas as pessoas de baixa aquisição financeira, criando seu próprio mundo em sua volta, um mundo de luxuria e riquezas e acabam excluindo as outras, e tendência de tudo isso é a desigualdade humana que vivemos nos dias de hoje.
As Confissões de Santo Agostinho.
Quem é Deus?
Perguntei à terra e disse-me: “Eu não sou”. E tudo que nela existe respondeu-me o mesmo. Interroguei o mar, os abismos e os répteis animados e vivos e responderam-me: “Não somos o teu Deus; busca-o acima de nós”. Perguntei aos ventos que sopram; e o ar, com os seus habitantes, respondeu-me: “Anaxímenes está enganado; eu não sou teu Deus”. Interroguei o céu, o sol, a lua, as estrelas e disseram-me: “Nós também não somos