As ciências sociais no brasil

As Ciências Sociais no Brasil têm uma história bastante fecunda, o ensino da
Sociologia no Brasil, nos níveis fundamental e médio, foi proposto pela primeira vez por Benjamin Constant, em 1890, mas com o falecimento de Benjamin o projeto não entrou em vigor, no decorrer da década de 1920/30 a sociologia ganhou terreno nos currículos de escolas de ensino médio, mas em 1942, Gustavo Capanema, retira a obrigatoriedade do ensino da Sociologia nas escolas do curso médio, permanecendo nas Escolas Normais.
Esse breve relato da Sociologia no ensino médio mostra que a tradição sociológica dentro da sociedade brasileira data desde o século XIX.
No âmbito acadêmico, é criado, em 27 de maio de 1933, o primeiro curso de
Sociologia no Brasil, na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo. No ano seguinte, é criada a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da USP, com uma grande abertura a cientistas estrangeiros, principalmente alemães e franceses, sendo os primeiros com maior ênfase nas ciências exatas, e os últimos a ciências humanas.
Com a “fundação” das ciências sociais no Brasil, se abre um leque de possibilidades a essa nova área do saber dentro da sociedade brasileira, onde os sociólogos poderiam dar fecundas contribuições a diversos setores da sociedade.
Uma primeira mostra dessas contribuições veio em maio de 1945 quando o sociólogo Florestan Fernandes entregou um documento para Anísio Teixeira solicitar as providências cabíveis ou possíveis do CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento do
Pessoal do Ensino Superior), esse documento era intitulado “Sugestões para o desenvolvimento das Ciências Humanas”.
Florestan Fernandes nesse documento já alertava questões que nos são problemáticas até os dias de hoje, ressaltando a necessidade de ampliar as possibilidades de treinamento intensivo no campo da pesquisa; tal problema do treinamento, ou também como Gabriel Cohn definiu adestramento, se mostra até hoje como um