As cidades renacentistas
-Lucas rodrigues soares
Ao escrever sobre As Cidades Renascentistas a arquiteta e professora de Urbanismo do Departamento de Arquitetura do Centro Universitário Plínio Leite, Ana Claudia de Miranda Dantas, situa o Renascimento no período histórico que abrange os séculos XV e XVI. A autora faz um esboço da arquitetura das Cidades Renascentistas, destacando suas formas e traçados arquitetônicos, situando a emergência e o contexto no qual se deu cada acontecimento ou ideal arquitetônico renascentista. Ana Claudia menciona o pensamento de León Batista Alberti (1402-1472) ? arquiteto renascentista do Quatrocento ? como um anúncio da mudança mental que se produziria na cultura arquitetônica da época, ao enfocar espacialmente os problemas ?construtivos? da arquitetura. Segundo Ana Cláudia: ?em função da nova artilharia ? ligada à introdução da pólvora ? Filarete e Francesco di Giorgio propuseram, em contraposição a Vitrúvio a utilização de fortificação poligonal e não mais circular?. A autora argumenta que; oposta à cidade regular do fim da Idade Média, de perímetro retangular, as típicas ?bastides?, a cidade regular do Renascimento adotou uma planta que pode ser inscrita num círculo guiada por uma certa lógica geométrica. Para Ana Claudia, a nova ordem do desenho renascentista ampliou, em muito casos, a beleza da cidade medieval. As marcas da ordem renascentista são as ruas retas, a ininterrupta linha horizontal de tetos, o arco redondo e a repetição de elementos uniformes, tais como: cornijas, janelas e colunas, na fachada etc. Ana Claudia menciona várias praças e cidades européias caracterizadas pelos tons dos ideais renascentistas. A autora menciona exemplo de elementos morfológicos característicos das mudanças na arquitetura renascentista: as fortificações e as fachadas. a) Fortificações: a forma da cidade renascentista é muito condicionada pelas fortificações, que são diferentes das muralhas medievais, já que a evolução das