As cidades na América Ibérica
Faculdade de Ciências Exatas
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Fichamento: As cidades na América Ibérica – Ensaio Comparativo (séc. XVI e XVII).
João Pessoa
2013
O texto estudado trata diretamente das diferenças e semelhanças da organização urbana nas áreas colonizadas por Portugal e Espanha, no continente americano. A fundação dessas cidades está conectada ao passado medieval europeu, conservando, contudo, certas particularidades não observadas nas cidades europeias, cujas origens são muitas vezes indefinidas. Nas colônias o foco da urbanização estava voltado aos objetivos metropolitanos, apresentando a cultura das metrópoles ao desenvolvimento dessas cidades, de acordo com suas necessidades; e o sistema centrípeto - comércio como formador de cidades - adotado pelas cidades europeias é substituído pelo processo centrífugo na formação das colónias ibéricas na América.
Para os espanhóis, colonizar traduzia urbanizar: existia uma preocupação quanto a regulamentação de um modelo urbano nas colônias e sua organização. Assim, muitos núcleos urbanos passaram por significativas, se não completas mudanças, a fim de adaptar-se aos ditames espanhóis, inclusive na sua arquitetura. Contudo, as parcelas de terra voltadas ao extrativismo mineral não alcançaram os mesmo resultados, uma vez que visavam primordialmente esse fim, fazendo com que as cidades perdessem esse caráter de urbanização e crescimento gradativo, que a Espanha empregava.
A ausência de normas que determinassem a urbanização das colônias portuguesas, bem como o caráter agrícola e a falta de mão-de-obra indígena capaz de participar do desenvolvimento colonial, entre outras questões, fizeram com que Portugal e Espanha seguissem rumos diferenciados na criação de novas cidades. As faixas costeiras foram as principais zonas exploradas pelos portugueses, focavam a construção de cidades-portos voltadas ao atendimento das necessidades