AS CI NCIAS DO HOMEM NO S CULO XIX
Etimologicamente Antropologia significa o estudo do homem, ANTROPOS = HOMEM / LOGOS = ESTUDO. Mas a verdade é que todas as ciências humanas e sociais estudam o homem, ou seja, a Psicologia (aspectos psíquicos); Sociologia (relações sociais humanas); Biologia (aspectos orgânicos); Economia (formas de produzir, trabalha, trocar).
O que especifica o tipo de conhecimento produzido pela antropologia?
O estudo do homem em sua totalidade, isto é, como um ser ao mesmo tempo: biológico, psíquico e social, sem pensar no homem dividido entre natureza e cultura.
Diante das limitações decorrentes de concepções teóricas fechadas para apreender o homem em sua totalidade, a antropologia se viu limitada. Com a crise dos paradigmas da ciência moderna, ela pareceu resgatar a promessa inicial de compreender o homem em sua complexidade e totalidade.
Para Edgar Morin, o homem se constitui em um sistema hipercomplexo capaz de auto-organiza-se, sendo assim, o homem não pode ser visto senão enquanto um sistema complexo de cérebro, ecologia, genética e cultura. Se tomarmos como premissa a ideia de uma incompletude antropológica do homem e, portanto, da própria antropologia é que podemos pensá-los como um campo de conhecimento em infinita construção, porém, nem por isso deixa de apresentar significativas contribuições para o pensamento humano em geral.
Hoje, o conhecimento antropológico parece abrir-se cada vez mais a vários campos de estudos: Antropologia filosófica, social, psicológica, da educação etc., estes por sua vez se desdobram em estudos de vários temas e objetos específicos.
A institucionalização da antropologia a partir da segunda metade do século XIX representou uma mudança de paradigmas na compreensão e definição do estatuto do homem, assim, o homem deixa de ser o sujeito transcendental da filosofia metafísica para torna-se objeto de investigação científica.
Nessa perspectiva, a especificidade das ciências humanas e sociais do mundo