as cartas de paulo
As Cartas Pastorais foram chamadas pela primeira vez de Epístolas Pastorais no século XVIII. Elas são livros canônicos do Novo Testamento, agrupadas desde o primeiro séculos do cristianismo.
O título é apenas parcialmente uma descrição do seu conteúdo, pois não estritamente pastorais no sentido de fornecer instrução sobre o cuidado das almas. A designação de pastoral é por serem dirigidas a pessoas que tinham responsabilidades pastorais. Diferente das demais epístolas paulinas quando se destinam a uma igreja ou um grupo de igrejas.
Não há nada que indique que elas foram escritas na mesma data ou do mesmo local ou que o autor pretendesse que fosse um conjunto. Entretanto, estudos contemporâneos indicam que devem ser tratadas como um grupo.
Sob o título de Cartas paulinas, temos treze textos em nossa Bíblia. Elas vão desde a carta aos Romanos até a dirigida a Filemon. Se levarmos em conta essa atribuição diríamos que quase metade dos textos do Novo testamento foi escritos por Paulo. O bem da verdade Paulo não “escreveu” nenhum desses textos. Na grande maioria, aquelas que são legitimamente atribuídas ao apóstolo foram ditadas por ele e redigidas por um secretário.
Possivelmente, escritas no período do fim da vida do apóstolo Paulo, apresenta o pensamento dele preparando Timóteo e Tito para continuar a sua tarefa. Por esse motivo introduz uma diferente espécie de correspondência na literatura paulina em comparação com as demais epístolas anteriores.
PRIMEIRA CARTA A TIMÓTEO
Essa carta a Timóteo é a primeira canonicamente, das três reunidas sob o título de Pastorais. Ela é um texto relativamente curto, mas configura-se com a maior dentre elas. Possui seis capítulos e cento e dez versículos. Seu objetivo, haja vista que Paulo não escreve uma carta puramente abstrata, é triplo. Primeiro, instruir acerca da organização das Igrejas (Tm 3,1-5. 8-11); dirimir problemas relativos às falsas doutrinas que estão sendo ensinadas nas