As batalhas da abolição
“A primeira é uma batalha histórica, a segunda um combate historiográfico”.
As lutas que não acabaram com a abolição são essencialmente políticas, na forma acadêmica por lutas incansáveis de equiparação, e na forma da quebra do preconceito racial, que lastimavelmente ainda é visível em toda a sociedade.
Duas batalhas recentes.
No sentido da natureza sociológica se acreditava que o escravo não tinha competência para exercer funções elaboradas e, portanto deveria permanecer em atividades irrisórias, assim como não tinha por habito a vontade de trabalhar. Contudo, a evolução das forças de trabalho se expandiu e a escravidão saiu do foco produtivo para se enquadrarem a mão-de-obra livre. Os proprietários aderiram a esta mão de obra apenas quando não viram mais saída para a continuação do regime escravista.
No ponto de vista historiográfico se observa que “a escravidão se deveu simplesmente à ação de forças macrossociais, não se deveu apenas ao avanço da sociedade de mercado.”
Inicialmente se acreditava na pouca participação escrava no processo abolicionista, no entanto é errado pensar assim pois estes reagiam por meio de revoltas, fugas, assassinatos, as condições trabalhistas eram negociadas e etc. Nos EUA houve guerra civil, no Brasil processos abolicionistas e em Cuba revoltas e ações na metrópole.
O grande quilombo norte-americano.
Existia uma separação intrínseca entre a parte norte e a parte sul dos EUA, “a fronteira entre escravidão e liberdade”. Na parte sul ficava uma sociedade absolutamente escravista enquanto que na norte a sociedade também de brancos era mais liberal no sentido de desenvolver campanhas abolicionistas, publicar jornais, circular ideias e acolher de alguma forma os escravos fugidos da parte sul. Fica claro que essa fuga para fora nas palavras de Eduardo Silva se assemelha a idéia dos quilombos. No Brasil a fuga era para dentro, no sentido de que toda a sociedade era escravista, então a fuga se dava