As Bacantes
São Paulo,
2012
Bacantes
As mênades (do verbo grego mainesthai, "delirar", "enfurecer-se", "enlouquecer"), eram as oréades e náiades que integravam o cortejo de Dioniso, conhecido também como Baco ou Deus do Vinho.
Coroadas de hera e segurando um tirso ou um cântaro, também eram chamadas de tíades ("efervescentes"), bacantes, bassárides e mimalones. Segundo o mito, as primeiras a formar o cortejo foram as Lâmides, potâmidas do rio Lamos, mais tarde imitadas por outras ninfas e pelas mulheres humanas que se entregaram ao culto de Dioniso, chamadas também de mênades ou bacantes. Por vezes, tocavam flauta ou tamborim e entregavam-se a uma dança louca e frenética - o orgiasmo ou menadismo. Percorriam montanhas e campinas e entregavam-se, alucinadas aos sátiros e silenos que também acompanhavam Dioniso. Para elas, as águas das fontes que bebiam eram leite e mel.
Na Mitologia Grega, eram as Ninfas que tinham se rendido aos poderes de Baco/Dionísio, eram suas seguidoras e mais importantes em sua comitiva orgíaca.
Sempre representadas nuas ou com peles de veados, as Bacantes eram conhecidas pelo seu status de pura e extravagante ‘loucura’ apenas pensavam em orgias, sangue, sexo, na hora dos atos mais profanos, gritavam, giravam e entravam em um êxtase profundo jamais visto em outro ser.
Estes rituais onde eram feitos orgias, musica alta e folias eram chamados de Bacanalia.
Os participantes louvavam o Deus Dionísio assassinando um Boi, rasgando seu corpo com pedaços de pau e depois bebendo seu sangue fresco e comendo sua carne crua, após tal atrocidade faziam sexo por cima da carcaça e esperavam que suas almas fossem temporariamente libertadas de seu corpo para que encontrassem com Dionísio, a hora do êxtase total.
Em relação aos gregos, pode-se ler sobre esse tema na tragédia de Eurípedes, As Bacantes, e, em relação aos romanos, a descrição dramática de Tito Lívio (XXIX, 8-9).
Resumo da Obra “As Bacantes” de Eurípedes: