As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Munchhausen

O ensaio “As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Munchhausen”, é dividido em duas partes principais, a primeira intitulada “O positivismo ou o princípio de Munchhausen” e a segunda “O Marxismo ou o desafio do “principio da carruagem”. O autor procura discutir a questão axiológica nas ciências sociais, ou seja, até que ponto o “preconceito” e as influencias externas interferem no conhecimento cientifico social. Outro conceito abordado no ensaio, são as visões sociais, que podem ser ideológicas ou utópicas, uma visão ideológica é uma forma de pensar em um estado já formado e uma visão utópica é aquela que aspira algo ainda inexistentes. Para obter a relação entre as visões sociais (ideológicas ou utópicas) e o conhecimento das ciências sociais, a obra procura analisar a evolução dessas ciências ao longo da história, desde a origem da ideologia positivista (pré-positivismo) até o marxismo. A primeira parte do ensaio “O positivismo ou o princípio de Munchhausen” começa demonstrando o surgimento das premissas que estruturam e compõem os ideais básicos da corrente positivista, que são: objetividade/neutralidade cientifica social e a negação ao condicionamento histórico social do conhecimento cientifica. O surgimento do positivismo ocorre de forma utópica critica revolucionária da burguesia antiabsolutista, ou seja, um conhecimento social livre de interesse das classes dominantes daquele período, fato que mais tarde deixara de existir com a ascensão da burguesia ao poder. O nascimento da corrente utópica positivista inicia-se com os autores Condercert e Saint Simon, conhecidos também como autores enciclopedistas. Condercert defendia a emancipação do conhecimento social dos interesses das classes dominantes e uma ciência social livre de “paixões”. Saint Simon dizia que a ciência política deveria se tornar positiva (neutra e objetiva) utilizando os métodos das ciências naturais. Condercert, não acreditava que seu modelo de ciência social poderia