As amazonas amerígenas
Pablo Cid, escritor e jornalista amazonense, nasceu no ano de 1918. Palavras, foi o título publicado pelo autor de uma série de crônicas sobre temas diversos. Em sua obra As amazonas amerígenas elaborou com maestria seu ensaio. Morreu em 1998.
Os corajosos navegadores do século XV possuíam imaginação fecunda quanto a país desconhecido. Carregados de visões fantásticas eram conduzidos a aventuras estupendas, domavam por vezes mares agitados em busca de novos horizontes. Muitos trocaram as trilhas árduas dos cavalheiros pela náutica.
Com o crescente número de aventureiros, aumentou-se também a especulação a respeito de quem primordialmente teria trazido à baila notícias das amazonas amerígenas na Europa (mulheres sem macho, que viviam para o grupo e desempenhavam todas as funções, inclusive defesa do território) se teria sido o espanhol Francisco de Orellana, que relatou a localidade das amerígenas como sendo entre a foz do Rio Negro e a do Rio Xingú, cujo, alguns escritores supunham que tenha feito confusão ao guerrear com tribos de Omáguas ou Cumurus, conjecturando que fossem mulheres por causa das vestimentas e apectos físicos, quando na verdade estas tribos eram formadas exclusivamente por homens , ou seria o logrado Dom Cristovão Colombo, ou quem sabe tenha sido através de epístola endereçada ao tesoureiro da monarquia espanhola, Don Raphael Sanches onde constava afirmação que as amazonas exerciam atividades nada femininas e que possuíam apetrechos cuprinos para defesa.
Padre Ivo d’Evreux acreditava que existiam tribos formadas em sua totalidade por mulheres no Amazonas e que estas eram da raça Tupinambás, que abandonaram seus maridos e viviam à parte.
W. Raleigh contribui de forma pitoresca para a divulgação do fato, já que fez com que a rainha Isabel da Inglaterra acreditasse que ele havia ensinado as cunhãs austeras a pronunciar seu majestoso nome, caindo