as 4 horas

dor de cabeça.insônia.pesadelos.carga pesada.energia negativa.desespero.baixo astral.carência.solidão.incapacidade... São 4 h da manhã e o silêncio barulhento da noite sufoca minha solidão e confirma minha incapacidade, as batidas do relógio, cortam a alma com o desespero de um tempo que não passa... sentado na cadeira em meio a bagunça de uma vida sem sentido, eu me deparo com o agora que emergi do passado e transforma a mesmice de um futuro já pré-determinado... o wisck barato que eu bebi se faz presente na dor incessante de cabeça que insiste em lembrar-me dos problemas, aqueles, la de longe que sempre voltam e vão embora, eu repito minha vida em ciclos iguais e que a cada volta me mostra uma coisa nova, um aprendizado novo porém da mesma coisa. Não quero aprender porque gosto de fazer, não quero sentir, porque já sinto, sinto nada, sinto tudo, aquele sentimento confuso e conturbado do qual nada sei, nada quero saber, mas repito, repito e reelaboro. sozinho no vazio que eu criei, me pergunto a quantas d'água caminham minha vida, porque ela caminha e, principalmente, para onde ela caminha, não sei o que eu faço, nem onde faço, só quero fazer sem pensar nas consequências de um amanhã nulo e perdido, mas um amanhã que virá sem que eu possa impedir... eu não posso impedir! Não venha amanhã, me deixe aqui, perdido, sozinho, calado, quieto, vazio, triste e incapaz... não venha me perturbar e me tirar o sono, não venha me obrigar a resolver o problema, não quero apagar o fogo porque nada sei sobre o fogo não ser que ele queima, queima e arde, arde o ardor dos meus sentimentos, que são eles por eles, aqueles por aqueles, mas que... cabe dentro de mim e ninguém sabe entender, compreender, ninguém cabe entender, ninguém quer entender, eu num quero...pra que? deixa assim, deixa estar..mas vamos mudar, mudar o destino o amanhã, mudar como? repetindo... será? sim... eu quero... eu não quero...e as 4h da manhã já se tornaram 4h da tarde, porque? eu nem vi! Eu nem quis ver,