As 20 Empresas Sustentáveis
Setor de defensivos agrícolas já colhe resultados de uma política implantada há mais de dez anos sob as normas da Lei 9.974/2000 Renato Araújo/ABr Posto para receber embalagens de agrotóxicos: 94% das embalagens vazias estão sendo recolhidas de forma adequada e gerando novos insumos plásticos
São Paulo – Por mais de 20 anos, o agricultor Éder Gadioli, 51 anos, pensou que estava descartando corretamente as embalagens de agrotóxicos que utilizava nas plantações de feijão, arroz e milho no município de Roseira, a 160 quilômetros da capital paulista.
Queimava o recipiente, reutilizava para transportar água ou descartava-o de forma indiscriminada. “Eram coisas absurdas. A gente não tinha informação, não sabia o que estava fazendo”, diz o agricultor.
Há dez anos o procedimento mudou: a embalagem é lavada três vezes, estocada de maneira adequada e encaminhada para centrais de reciclagem específicas. É a chamada logística reversa.
Enquanto muitos setores da economia estudam formas de se adequarem à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), que impõe à cadeia produtiva a responsabilidade de dar a destinação correta aos resíduos sólidos produzidos, o setor de defensivos agrícolas já colhe resultados de uma política implantada há mais de dez anos sob as normas da Lei 9.974/2000. Atualmente, 94% das embalagens vazias estão sendo recolhidas de forma adequada e gerando novos insumos plásticos, inclusive novos recipientes para agrotóxicos.
Para reforçar a necessidade de ampliar, cada vez mais, uma postura consciente no meio rural, no próximo dia 18 agosto, será celebrado o Dia Nacional do Campo Limpo. As comemorações da data tiveram início hoje (16) na cidade de Taubaté, no Vale do Paraíba. Na próxima semana, oficinas, palestras e gincanas ocorrerão em escolas e comunidades localizadas nas proximidades das 100 unidades de recebimento das embalagens em 24 estados do país.
“Conseguimos esses