Artrópodes peçonhentos
LAGARTAS
As lagartas em geral não apresentam riscos a saúde, mas em algumas espécies contato das cerdas de algumas espécies que contêm toxinas. No Brasil, as espécies que mais causam acidentes pertencem às famílias Megalopygidae (megalopigídeos) e Saturniidae (saturnídeos). Os megalopigídeos (lagarta-de-fogo, taturana-cachorrinho, taturana-de-flanela, bicho-cabeludo) têm cerdas longas e inofensivas que se assemelham a pelos, com coloração que varia entre cinza, vermelho e marrons, e que escondem as verdadeiras cerdas de veneno que são menores e robustas. Têm hábitos solitários, sendo o acidente comumente causado por um único exemplar. Já os saturnídeos possuem espinhos pontiagudos sobre o dorso, com evaginações do tegumento e ramificações laterais, que contêm as glândulas de veneno. São geralmente de colorido verde, marrom ou preto, com desenhos variados no tegumento.
Destaca-se entre os saturnídeos o gênero Lonomia, único responsável por envenenamento sistêmico, que podem levar a morte devido a hemorragia cerebral ou insuficiência renal diferentemente das demais lagartas que causam apenas quadro local benigno. De ocorrência rara até a década de 1980, os acidentes hemorrágicos por lagartas do gênero Lonomia ganharam destaque pelo surgimento na região Sul do país, embora casos esporádicos já fossem descritos na Amazônia.
Em caso de acidente deve-se Lavar o local da picada com água fria ou gelada e sabão; não fazer torniquete ou garrote, não furar, não cortar, não queimar, não espremer, não fazer sucção no local da ferida e nem aplicar folhas, pó de café ou terra sobre ela para não provocar infecção; não ingerir pinga, querosene, ou fumo; levar o indivíduo imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento em tempo.
VESPAS E ABELHAS
A picada desses insetos doe tanto, pois quando eles picam, injetam uma substância química chamada melitina em suas vítimas.