Artroplastia de quadril
A artroplastia total de quadril constitui a substituição do componente femoral e componente acetabular (encaixe da cabeça do fêmur com a bacia) por um sistema de materiais artificiais que são as próteses (SARMENTO, 2009). A artroplastia começou em 1960 quando Chanrley sugeriu uma haste femoral com cabeça em aço inox articulada com um implante acetabular de polietileno de alta densidade, ambos fixados ao osso com cimento de polimetilmetacrilato (SARMENTO, 2009; SCHWARTSMANN, 2012).
Nos casos de prótese total de quadril clássica, a cirurgia inicia-se com um corte na altura do colo do fêmur e a cabeça femoral é retirada. Procede-se então à fresagem (raspagem) do acetábulo (bacia) para criar uma cavidade hemisférica, o acetábulo pode ser preso por pressão (press-fit) e parafusos ou cimentado. Por fim, é feita a abertura do canal do fêmur e a preparação para receber a haste femoral, que também pode ser presa por pressão ou cimentada (TUREK, 1991).
A prótese parcial consiste na substituição da cabeça ou do colo femoral por um componente metálico e geralmente é usada após fratura de colo de fêmur. É indicada quando não há comprometimento acetabular em pacientes idosos com pouca atividade física. Tem bom prognóstico e visto que inspira poucos cuidados no pós-operatório, o risco de luxação é reduzido (SARMENTO, 2009).
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUPERFÍCIE DE DESLIZAMENTO
1. Metal-polietileno
Historicamente este é o par mais tradicional e também o mais estudado. Geralmente era usado em pacientes mais idosos e com demanda funcional mais baixa. Como vantagem, permite imediata descarga de peso. Sua desvantagem é o desgaste com o decorrer dos anos e o modo como o organismo reage ao ser exposto aos micros fragmentos de plástico resultantes deste desgaste levando a doença do cimento. Esta reação biológica associada a fenômenos mecânicos em longo prazo pode resultar em soltura da prótese (TUREK, 1991).
O polietileno é um plástico de alta resistência