Artrite reumatóide
É uma doença inflamatória crônica, acomete mulheres > homens (3:1) sendo que essa diferença reduz > 65 anos; e incomum em homens < 45 anos. Normalmente faixa etária de 35-50 anos sendo que a prevalência aumenta com a idade.
Sua apresentação clínica é caracterizada pelo envolvimento das articulações que freqüentemente resulta em deformidades. Seu curso é intermitente com períodos de remissão e exacerbação, mas sempre seguindo um processo contínuo de lesão tecidual.
Afeta especialmente a membrana sinovial e a cartilagem que reveste as articulações. A inflamação sinovial leva a lesão de cartilagem e erosões ósseas, bem como alterações subseqüentes da integridade articular. Líquido sinovial lubrifica articulação e a nutre a cartilagem.
O potencial para a destruição cartilaginosa e erosão óssea com posterior deformidade articular é o marco fundamental da doença ( Marco da AR = Deformidade articular).
O tabagismo, café e a exposição à sílica são fatores de risco; já o ACO é fator protetor.
Genética: Há forte relação entre a AR e o Antígeno Humano Leucocitário (em especial o HLA-DR1 e o HLA-DR4), sendo este último encontrado em quase 70% dos pacientes. Está relacionado com um risco maior da doença e com manifestações clínicas mais graves. O mecanismo HLA é fundamental para a auto-tolerância das células corporais, reconhecendo-as como “self” e não como antígenos estranhos. A perda desse mecanismo de auto-reconhecimento parece ser um evento básico das doenças auto-imunes.
Patogênese: A lesão histológica básica da AR é a inflamação das membranas sinoviais, conhecida como sinovite. A membrana sinovial é o tecido que reveste a porção interna dos espaços articulares das membranas diartrodiais, que são as articulações que unem ossos longos e apresentam grande mobilidade. O tecido inflamatório sinovial em proliferação é chamado de pannus. Fatores ambientais (infecções virais ou bacterianas) podem desencadear processo inflamatório reumático.