INTRODUÇÃO As arritmias cardíacas ocorrem por distúrbios na formação e/ou condução do estímulo cardíaco. O tratamento específico das arritmias cardíacas encontra-se indicado quando houver sintomas ou se houver benefício comprovado na redução de morte súbita. No que diz respeito ao tratamento de emergência das arritmias cardíacas, existe muita controvérsia quanto à escolha dos fármacos antiarrítmicos. Desde a última diretriz proposta pelo “Advanced Cardiovascular Life Support/American Heart Association” (ACLS/AHA), de 1992(1), uma série de modificações foi implementada, com o peso das evidências dos grandes estudos, a partir das Diretrizes Internacionais do ACLS 2000(2). Esta foi a única conferência de consenso de abrangência internacional com a finalidade específica de normatizar as condutas de ressuscitação. Dentre as principais modificações na área de arritmias, destacam-se: a necessidade do diagnóstico das arritmias cardíacas; a diferenciação entre a presença ou não de cardiopatia estrutural; o uso menos freqüente de lidocaína e adenosina; a introdução de maior arsenal de drogas antiarrítmicas, incluindo a amiodarona endovenosa; a tentativa de diminuir os efeitos pró-arrítmicos, especialmente nos casos de taquicardias polimórficas; e abordagem mais racional e menos “simplista” das arritmias cardíacas. No entanto, no sentido estrito, apenas poucas drogas antiarrítmicas estão apoiadas por fortes evidências. Obviamente, essas mudanças implicam maior preparo técnico das equipes de emergência médica para o reconhecimento das arritmias cardíacas específicas e de suas situações particulares, se possível com consultoria ritmológica contínua. Assim sendo, o modelo proposto esboça uma tentativa de conciliar o “racionaventricular com drogas que eles optaram como para tratamento de taquicardia supraventricular com aberrância.(4, 5) No entanto, alguns algoritmos utilizando critérios de configuração e/ou morfológicos do complexo QRS foram publicados(6-10), com a finalidade