Artigos e Resenhas
Com intuito de refletir sobre a formação de ideias, limites a serem alcançados e métodos avaliativos dos textos que os alunos produzem na escola, a autora trata de fragmentar o processo avaliativo a fim de evidenciar as suas partes de forma mais abrangente e esclarecedora.
Destarte, inicia abordando a avaliação de um modo geral, respondendo questões elucidativas como, por exemplo: 1. Quem avalia? 2. Avaliar o quê? Avaliar como e para quê?
A avaliação de um modo geral:
Em resposta a Q.1, a autora trata da privação do direito que o aluno possui de atuar no processo avaliativo de seu desempenho, isto é, próprio trabalho. Dessa forma, classifica o professor como um analisador ferrenho e que está sempre à procura de verificar o retorno do seu trabalho através das atividades realizadas pelos alunos.
De acordo com os princípios teóricos, intrínsecos no texto de Irandé Antunes, a partir do momento que o professor isola o aluno do processo de avaliação, acaba por fazer um trabalho ineficiente, onde o que realmente interessa não poderá ser obtido pelo fato de que o olhar do aprendiz estará sendo desperdiçado, fazendo com que o educando permaneça estático, a espera de uma opinião vaga e imprecisa a respeito do seu nível de aprendizagem. Neste sentido, o olhar do aluno acerca do que produziu deverá unir-se ao olhar do professor, que deverá também está unido ao olhar dos outros alunos, promovendo assim o que é classificado no texto como avaliação socializada.
Ao responder o que deve ser avaliado, a autora nos dar a definição de avaliação que está incubado no imaginário coletivo, ou seja, aquela avaliação periódica, classificada como prova e que funciona como forma de se obter uma determinada nota. Assim, quem avalia apenas corrige, e o professor de Língua portuguesa passa a assumir um perfil de exímio corretor e que impõe certos ressentimentos ao estabelecer o diálogo com outras pessoas que já o enxerga como um mero apontador de erros.
Ainda de acordo