Artigos sobre sustentabilidade
o balanço entre quantidade e demanda hídricas atuais, a dinâmica demográfica e o arcabouço legal pertinente.
Porém, esta dificuldade pode ser contornada pela análise da relação entre a oferta do recurso natural em análise (disponibilidade) e a quantidade que dele pode ser retirada (demanda),
O desenvolvimento sustentável objetiva melhorar a qualidade de vida humana dentro dos limites da capacidade de suporte dos ecossistemas. Entende- se como capacidade de suporte “a capacidade de um ecossistema manter seus organismos saudáveis e, ao mesmo tempo, manter sua produtividade, adaptabilidade e capacidade de renovação” (UICN et al. 1991).
A abordagem da sustentabilidade de espaços territoriais é uma tarefa ainda mais difícil, principalmente para regiões que dependem de outras para serem abastecidas.
De forma simplificada, pode-se dizer que um espaço territorial é sustentável “se ele for capaz de manter o equilíbrio entre a ‘oferta’ e a ‘demanda’ por recursos naturais” (Mariotoni & Demanboro, 2000).
Atualmente, a nível global, não há um quadro de escassez hídrica. Considerando a descarga nos rios de todo o mundo, somente 11% deste volume é consumido (Rebouças, 2002).
Embora os corpos d’água possam autodepurar-se pela recuperação do oxigênio, através do ar atmosférico e da atuação de vegetais clorofilados presentes na massa d’água, o aumento do volume de esgoto produzido pela concentração populacional prejudica esta capacidade de natural de depuração.
Quanto maior a eficiência no tratamento e/ou a classe de enquadramento dos corpos d’água, menor é a vazão necessária para diluição da DBO. Considerando tratamento convencional, com eliminação de 85% da DBO efluente, e o enquadramento do corpo receptor na classe 2, que permite lançamento de no máximo 5 mg/L de DBO, a vazão de diluição deve ser cerca de oito vezes superior ao