Artigos frevo
Natural de Recife-PE, Cássio Cunha é baterista, professor e autor dos livros IPC- Independência Polirrítmica Coordenada (2ª edição) e ARB - Acentos Rítmicos Brasileiros (Multifoco Editora). Tocou/gravou com Projeto Duna, Quinteto Violado, Nilton Rangel, Maracatu Nação Pernambuco, Nana Caymmi, Blitz, Sandra de Sá, Cláudia Amorim, Ju Cassou, Daniel Gonzaga, João Donato, Geraldo Azevedo, Eduardo Dusek, Oswaldinho do Acordeon, Sivuca, Boca Livre, Kadu Lambach, Fênix, Délia Fischer, Marcos Amorim, Ivan Lins, João Donato, Djavan, Moraes Moreira, Vittor Santos, Jeff Gardner, Adryana BB, Vanessa Rangel, Flávio Venturini, Almir Chediak, Cláudio Lins, Cacau Brasil, Lui Coimbra, Quito Pedrosa, Alceu Valença, Leila Pinheiro, Ney Matogrosso, Bernardo Lobo, 11 Cabeças, Rabo de Lagartixa, Paulo Moura e Elza Soares. Atualmente acompanha os artistas: Alceu Valença e Daniel Gonzaga.
O Frevo Pernambucano
15 de setembro de 2014, por Cássio Cunha
Efervescente, rebuliço, ferver, frever, confusão, ebulição, são alguns dos adjetivos que definiram o ritmo e a dança do Frevo, um dos mais frenéticos e representativos ritmos do Brasil. Nascido na cidade de Recife (PE) no final do século XIX, teve sua origem nas bandas militares da época, que eram acompanhadas pelos capoeiras, que segundo pesquisadores foram os grandes responsáveis pela criação da dança que leva o nome de "passo".
Na verdade não se sabe ao certo quem veio primeiro, se a música ou a dança, mas sem dúvida ambos criaram uma manifestação que hoje representa o estado de Pernambuco e o Brasil como nenhuma outra. O frevo é o ritmo mais marcante no ciclo carnavalesco do estado, popularizando-se de tal forma que arrasta multidões anualmente durante os quatro dias de carnaval, principalmente nas cidades de Recife e Olinda, onde a maior concentração de orquestras é responsável por manter a tradição, sem no entanto se transformar dinamicamente trazendo aos poucos um toque de modernidade a esse ritmo secular e bem