Artigo
Infância e Juventude - 3ª Vara Cível, desenvolvido no período de fevereiro/2000 a outubro/2001.
Versa sobre a adoção enquanto uma decisão irrevogável e a intervenção do assistente social neste processo.
O objetivo deste estudo é analisar situações peculiares da adoção, como a principal medida de proteção a crianças e adolescentes, compreendendo sua historicidade, identificando a irrevogabilidade da medida e verificando a atuação do
Serviço Social.
Para a realização deste estudo, buscou-se a cientificidade através de leituras de material bibliográfico, além de leituras de documentos indispensáveis, tais como: relatórios sociais, processos judiciais, pareceres sociais e entrevistas com pessoas envolvidas no processo, especificando a contribuição do profissional do Serviço
Social neste contexto.
O interesse em trabalhar com a irrevogabilidade da adoção ocorreu por ser um tema significativo que proporcionará reflexão tanto para o Serviço Social como para as famílias trabalhadas.
Breve esboço histórico
Por ser considerada uma das medidas mais eficazes na prática do assistente social no Juizado da 3ª Vara Cível da infância e da Juventude, analisar especificamente sua trajetória histórica é de fundamental importância para ser verificado o valor que a criança e o adolescente vem recebendo ao longo dos tempos. A adoção é um instituto bastante antigo, porém nem sempre foi compreendida da mesma maneira, muitas vezes variando pela intensidade do vínculo que une adotado e adotante e a família a qual faz parte.
Para ABREU (1992:137) "criou-se a adoção por um principio religioso". A mesma religião que obrigava o homem a casar, que concedia o divórcio em caso de esterilidade e que por morte prematura, ou impotência, substituía o marido por um parente, concedia ainda à família a adoção como um último recurso para escapar à desgraça tão temida da extinção. Por