Artigo
A Atenção Básica, denominada internacionalmente como Atenção Primária à Saúde (APS), caracteriza-se por ações de saúde no nível individual e coletivo contemplando a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico precoce e o tratamento de doenças, a reabilitação e a manutenção da saúde. Quando a Atenção Primária ocupa o papel central na organização dos sistemas de saúde ela é capaz de melhorar o estado de saúde da população com eqüidade, diminuir custos e aumentar a satisfação dos usuários com a rede de serviços. Em nosso país, a estratégia de Atenção Primária proposta pelo Ministério da Saúde para a reorientação do modelo assistencial é a Estratégia Saúde da Família (ESF), presente em mais de 90% dos municípios brasileiros. (AGUIAR, 2004) Em 1994 é criado o Programa de Saúde da Família como uma estratégia da Atenção Básica e uma das formas de organização da Atenção Primária à Saúde nos municípios, reorientando o modelo assistencial com a implantação de equipes multiprofissionais em Unidades Básicas de Saúde. As equipes estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a co-responsabilidade destes profissionais com os usuários e a comunidade. Seu desafio é o de ampliar suas fronteiras de atuação, onde a Saúde da Família é compreendida como a estratégia principal para mudança deste modelo, que deverá sempre se integrar a todo o contexto de reorganização do sistema de saúde. Sabemos que estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. Atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. Para o Ministério da Saúde a estratégia de Saúde da Família é um projeto dinamizador do SUS, condicionada pela evolução histórica e organização do sistema de saúde no Brasil. A velocidade de