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A justificativa seria o fato de que o músculo alongado de forma estática torna-se menos reativo e fica enfraquecido, o que é prejudicial para um atleta antes de começar um treino. "A literatura realmente mostra que o alongamento estático realizado antes de qualquer atividade prejudica seu desempenho. Esse prejuízo vai ser maior ou menor dependendo do tempo de alongamento e da intensidade da atividade que será realizada em seguida. Apesar de alguns pesquisadores investigarem a questão de aumento do risco de lesões, isso ainda não tem evidência científica suficiente", afirma o fisioterapeuta Ercole Rubini, que é coordenador do laboratório de fisiologia do exercício na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, além de mestre em educação física e doutorando em ciências do exercício e do esporte na Universidade Gama Filho, também no Rio.
Renan Malvestio, fisioterapeuta da Run & Care de São Paulo e especialista em fisioterapia do esporte pela Universidade Federal de São Paulo, também endossa a tese. "O alongamento estático não condiz muito com o movimento que é exigido na corrida, pois força a amplitude do músculo de uma forma que não será utilizada no exercício. Um exemplo é quando o atleta alonga o músculo posterior da coxa encostando a mão no chão", explica Malvestio.
Com isso, cada vez mais fisioterapeutas têm orientado corredores a optarem por alongamentos dinâmicos antes dos treinos. Esse tipo de alongamento trabalha a amplitude da musculatura do atleta por meio