Artigo
Antonio Carlos Ligocki Campos; Alessandra Borges-Branco; Anne Karoline Groth
Departamento de Cirurgia do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná e Pós- Graduação em Clínica Cirúrgica da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil O processo cicatricial é comum a todas as feridas, e está relacionado as condições gerais do organismo, sendo que, a cascata de eventos celulares, moleculares e bioquímicos levam a reconstituição tecidual. Este processo pode ser dividido em três fases: inflamatória (que começa logo apos a lesão ocorrer, através da liberação de substancia vasoativas pelas membranas celulares), proliferativa (que se divide em três etapas: epitalização, angiogênese e formação do tecido de granulação) e fase de maturação ou remodelamento (que faz a deposição do colágeno e a mais importante, clinicamente falando). O processo de cicatrização tem sucesso quando há o equilíbrio entre a síntese da nova matriz e a lise da matriz antiga. Mesmo apos um ano da cicatrização, a ferida apresentará um colágeno menos organizado do que o do que o da pele sã, e a força tênsil retornara a 100%, atingindo em torno de 80% apos três meses. Alguns fatores influenciam na cicatrização, dentre eles: fatores locais (isquemia, infecção, técnica cirúrgica, corpo estranho e edema, pressão tecidual elevada) e fatores sistêmicos (diabete melito, doenças hereditárias, alterações da coagulação, idade, trauma grave, queimaduras, sepse, uso de corticosteróides, drogas antineoplásicas, ciclosporina A, colchinina, penicilamina, nicotina e desnutrição protéica). Após a leitura deste artigo pude concluir que o processo de cicatrização é muito complexo e tem muito a ser descoberto e estudado.