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A discoteca foi o principal fenômeno musical de todos os tempos, ela trouxe novas maneiras de comportamento, de consumo, ditou a moda, mudou muito do que parecia ser definitivo na música pop mundial, nada era definitivo até então, com a discoteca, praticamente desapareceram os grandes nomes, os casts milionários. A rotatividade era muito grande para permitir que se estabeleça uma relação qualquer entre o público e os músicos, mesmo porque normalmente tem-se muito pouco a dizer com o intuito de se criar uma imagem que possa favorecer o artista junto a uma determinada faixa de consumidor. Em discoteca o fundamental que as pessoas dançem, o resto, de fato, pouco importa.
Em assunto de criação musical, não podemos dizer que este período de domínio do som fosse lá dos mais férteis, mas o gênero, por si, requer uma certa simplicidade, nada de sequências musicais que não agradem logo na primeira ouvida ou que precisem ser entendidas. A meta principal e exclusiva da música era de dançar, ou melhor, de facilitar a dança para todos, já que seu próprio balanço não requer grande habilidade corporal como no rock, por exemplo, que exige e possibilita uma expressão corporal maior.
Para uma melhor eficiência, praticamente desapareceram as letras, substituídas por refrões que se repetem várias vezes, Com certeza, não se deve esperar o surgimento de algum Bob Dylan no meio desta geração que não se preocupava com problemas maiores e que quer dançar e se divertir, já que deve haver alguém que cuide destes problemas seculares todos, por eles.
Falando musicalmente, pouca coisa se acrescentou, ou se tem acrescentado, pois muitas das músicas que têm feito, sucesso não passam de simples regravações de outros sucessos; de grupos de rock das décadas passadas e que na maioria do pessoal que freqüenta as discotecas não conheceu, pois deviam estar ainda no jardim da infância. Citaremos apenas um exemplo como "Don’t Let Me Be Misunderstood" que foi um grande