Artigo
Obrigatoriedade: A partir do estudo do ritual de luto de populações primitivas, o autor define o que é obrigatório. Para o autor, a expressão das lágrimas é mais do que ato psicológico ou fisiológico, é social, obrigatório e não espontâneo. Os ritos seguem uma regulamentação que é descrita em quatro passos por Mas. São atos coletivos, públicos e determinam responsabilidades, mais uma característica da obrigatoriedade. Até mesmo o morto é obrigado a estar ali. O ritual tem uma funcionalidade: Retirar e conhecer o mal que ocasionou a morte. Por ser de caráter interativo, faz com que o autor precise compreender o grupo para que entenda o significado da experiência. Os ritos têm hora e duração marcadas, mais um sinal de obrigatoriedade. Depois que acabam as pessoas volta aos seus afazeres normais sem seqüela alguma. Os agentes dessa expressão são obrigados a fazê-la e geralmente são do sexo feminino. O autor conclui que toda essa expressão obrigatória se consolidou como linguagem.
O “Ensaio sobre a Dádiva” de Marcel Mas é importante na literatura antropológica. Este ensaio serviu de base para teorias sobre a natureza da vida social, pois demonstra a multiplicidade de aspectos - políticos, sociais, econômicos, religiosos, etc. - que estão intimamente ligados aos sistemas de trocas. Mas afirma que a circulação de dons e contra-dons corresponde a um “fato social total”, englobando diversos domínios da vida coletiva, assim como os ritos funerários. Assim, aplicou e desenvolveu o conceito dos “fatos sociais” de Émile Durkheim. O “Ensaio sobre a Dádiva” traz detalhes etnográficos acerca da troca de presentes, extraídos inicialmente da Polinésia, Melanésia e do noroeste americano.
Mauss estudou a tensão