Artigo
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Gerente de Meio Ambiente da Concessionária Rodovia das Cataratas – Cascavel (PR). Professora do Departamento de Biologia – Universidade Estadual de Maringá – UEM.
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RESUMO: Os impactos causados à fauna por atropelamentos nas estradas e rodovias têm recebido a atenção de pesquisadores em vários países. Quando os atropelamentos ocorrem em estradas e rodovias que se localizam no interior ou no entorno das Unidades de Conservação (UCs), o problema é, ainda, mais grave, uma vez que, em muitas destas áreas existem espécimes ameaçadas de extinção. O presente estudo teve como base as informações dos animais atropelados na rodovia BR-277, nas proximidades do Parque Nacional do Iguaçu – PR, num trecho de 32 Km de extensão. De outubro de 2001 a maio 2002, o total de animais atropelados foi de 165 exemplares, sendo 45% de mamíferos, 38% de aves, 16% de répteis e 1% de anfíbios. O teiú (Tupinambis sp) foi a espécie mais atropelada, com 21 exemplares, seguido pelo tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), com 18 exemplares atropelados. Os trechos que tiveram maior freqüência de atropelamentos estão localizados entre os quilômetros 634 e 635, com onze ocorrências, seguido dos trechos entre os quilômetros 639 e 640, 619 e 620 com dez casos. A taxa de animais atropelados foi de 0,02 por quilômetros/dia. Estas informações são importantes e podem subsidiar programas e ações que visem reduzir o número de atropelamentos na BR-277. PALAVRAS-CHAVE: Animais atropelados, rodovia BR-277, Parque Nacional do Iguaçu. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, os impactos causados à fauna por atropelamentos nas estradas e rodovias têm recebido a atenção de pesquisadores nos vários países (Van der ZANDE et al., 1980; KUIKEN, 1988; PHILCOX et al., 1999; TROMBULAK & FRISSEL, 2000). No Brasil, a