Artigo Vers O Final
Introdução
O presente ensaio busca compreender a relação entre cultura e turismo no contexto da pós-modernidade. Para tanto, faz-se uma breve análise da relação entre cultura e desenvolvimento para posteriormente traçar um perfil das políticas voltadas para turismo cultural no Brasil.
Apesar das controvérsias em torno da pós-modernidade, são notórias as mudanças pelo qual vem passando o projeto de modernidade com mudanças significativas na configuração social das sociedades. Para Harvey (1993), a pós-modernidade é encarada como a última fase do capitalismo tardio e seu desenvolvimento parte de uma nova experimentação do espaço e do tempo. Desse modo, entender a pós-modernidade passa pela construção de uma nova subjetividade que a considera, ao mesmo tempo, causa e consequência das mudanças advindas da base cultural e socioeconômica do capitalismo tardio (ESPERANDIO, 2007).
Baudrillard também aponta a pós-modernidade como um produto de uma terceira fase do capitalismo, no qual é impossível separar o domínio econômico e produtivo do domínio ideológico e cultural. Segundo o autor, as imagens, as representações e até os sentimentos e estruturas psíquicas transformam-se em elementos do mercado, e assim constitui-se uma sociedade de consumo na qual há dominância dos signos sobre as coisas, com certo distanciamento da realidade. Para Bourdieu (2005), tais processos são decorrentes de automatização do campo intelectual e artístico se sucedeu, constituindo um público de consumidores cada vez mais extenso e diversificado, que possibilita o surgimento de um grupo cada vez mais numeroso de produtores e empresários de bens simbólicos.
Conforme Jameson (1985) o pós-modernismo não é um estilo, mas um dominante cultural, onde vários tipos de impulso têm que encontrar seu caminho, com uma crescente inviabilidade de um estilo pessoal. Tal inviabilidade de um estilo pessoal motiva a prática do “pastiche”,