ARTIGO SOBRE O USO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS
Pontos importantes:
- A resposta clinica a um medicamento administrado em um idoso é o resultado da interação entre vários processos complexos, dos quais se destacam os farmacodinâmicos (Estudo do efeito da droga nos tecidos – mecanismos de ação e a relação entre concentração do fármaco e o efeito), e os farmacocinéticos (Estudo do “caminho” que o medicamento percorre no organismo até sua excreção).
- As alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento podem afetar estes processos, aumentando o risco de reações adversas aos medicamentos.
- O envelhecimento pode aumentar ou reduzir a sensibilidade a determinados fármacos, com destaque para agentes que atuam no sistema nervoso central e no sistema cardiovascular. Isso se deve, dentre outros motivos, a modificação na afinidade do fármaco pelo receptor e a alteração do número de receptores disponíveis.
“As alterações fisiológicas que ocorrem com a idade não são consideradas doenças, mais tornam os idosos mais vulneráveis a patologias e acidentes”.
- Devemos ter cautela sempre que um novo medicamento for iniciado. Começar o tratamento com doses baixas e aumentar gradualmente conforme a tolerância do paciente pode ajudar a prevenir problemas desse tipo. Também devemos saber monitorar o paciente adequadamente e conhecer os efeitos adversos relacionados aos fármacos.
- O envelhecimento do organismo pode influenciar na absorção de medicamentos administrados pela via oral, já que ocorrem alterações como redução da secreção gástrica, diminuição da motilidade e do fluxo sanguíneo gastrointestinal e elevação do PH. Porém, na prática, a absorção é o parâmetro farmacocinético menos influenciado pelo avanço da idade.
“Com a idade avançada o corpo produz menos albumina, uma das proteínas que transportam fármacos na corrente sanguínea, se a proporção de moléculas do fármaco ligadas à albumina diminui, significa que há mais moléculas livres para se ligarem aos receptores, resultando